06 agosto 2007

Ferrari 126C4 - Michelle Alboreto (1984)

Esta miniatura é da marca Brumm. O Ferrari 126C4, aqui apresentado à escala 1/43, é relativo à vitória de Michele Alboreto (italiano) no GP da Bélgica de 1984. Esta vitória teve um significado especial para a Ferrari porque a última vitória de um piloto italiano ao volante de um Ferrari tinha acontecido em 1966 (Ludovico Scarfiotti no GP de Itália), à 18 anos. Até hoje, Alboreto ainda é o último italiano a vencer um GP num Ferrari.
Seguindo a linha dos modelos antecessores, a Ferrari utilizou no campeonato de 1984 o modelo 126C4. Os dois anteriores modelos da Ferrari tinham rendido dois campeonatos de construtores: Ferrari 126C2 em 1982 e o Ferrari 126C3 em 1983. Os títulos de pilotos, nesses dois anos, acabaram por escapar à equipa de Maranello devido a acidentes graves em 1982 e às lutas entre os seus pilotos em 1983.
O Ferrari 126C4 “nasceu” sob a orientação dos designers Mauro Forguieri e Harvey Postlewaite. Com um chassis em monobloco, o 126C4 tinha um motor turbo de 1496.43 cc, com 6 cilindros em V, que debitava 660 cv de potência. Revelou-se fiável e resistente mas levou muito tempo a ser desenvolvido. Nas duas primeiras provas do ano, o Ferrari 126C4 não terminou nenhuma corrida. À terceira prova, Michele Alboreto faz a pole-position e vence o GP da Bélgica. Michele Alboreto tinha sido contratado à Tyrrell, onde tinha efectuado belas corridas e vencido duas provas (uma em 1982 e outra em 1983), para correr pela Ferrari em 1984, substituindo Patrick Tambay (francês) que assinou entretanto pela Renault.
A Ferrari terminava o campeonato de 1984 na segunda posição, enquanto que Alboreto era apenas 4º classificado no mundial de pilotos.


1984 - O Campeonato
Este foi o ano em que quase todas as equipas passaram a utilizaram motores turbo, a excepção foi a Tyrrell que se manteve fiel ao Ford Cosworth DFV. A Arrows também iniciou o ano com o motor Ford aspirando mas depois mudou para o BMW Turbo.
Houve novamente alterações no Regulamento Técnico. A capacidade dos depósitos foi reduzida, passou de 250 para 220 litros. Os reabastecimentos foram proibidos, o que causou alguns problemas a várias equipas ao longo do ano. Por exemplo foi frequente ver os Alfa Romeo, cujos motores consumiam mais combustível, a desistirem com falta de combustível. A economia do combustível assumiu assim um papel preponderante na Formula 1. No campeonato sairia vencedor que tivesse a melhor relação entre performance, fiabilidade e economia de combustível.
Quando o campeonato começou no Brasil, havia alguma expectativa em saber qual a equipa que imergia, à frente das outras, depois dos testes de Inverno.
A pole-position foi alcançada pelo Lotus Renault Turbo de Elio de Angelis (italiano). O primeiro líder foi o novo piloto da Ferrari, Alboreto (italiano). Mas teve que abandonar com problemas de travões. Assim, Niki Lauda (austríaco) no McLaren MP4/2 assumiu a liderança. Mas algumas voltas depois também Lauda teve que abandonar com problemas eléctricos. O inglês Derek Warwick, agora na Renault, chegava à primeira posição. Mas tal como Alboreto e Lauda, Warwick não teve sorte e abandonou com problemas na suspensão do seu Renault. Desde modo, Alain Prost (francês) ficou com a liderança e obteve a vitória na primeira corrida que fez pela McLaren. Prost tinha saído da Renault no final de 1983 num processo nada pacífico em que as duas partes responsabilizavam a outra de terem perdido os títulos. Keke Rosberg (finlandês) terminou na segunda posição no Williams Honda e De Angelis foi o terceiro.
No GP da Africa do Sul, a McLaren obtêm a sua primeira dobradinha do ano. Lauda e Prost são os dois primeiros. Warwick termina em terceiro. O jovem brasileiro Aytron Senna (Toleman) que tinha estreado no GP do Brasil conseguiu o seu primeiro ponto na Formula 1 ao terminar em sexto.

O GP da Bélgica foi um dos raros GP’s do ano em que a McLaren registou dois abandonos. A Ferrari tem uma excelente performance. Após o abandono dos dois Ferrari nas duas primeiras corridas, Michelle Alboreto dá à Ferrari a sua única vitória do ano. Alboreto fez a pole-position e liderou do princípio ao fim. O francês René Arnoux, no outro Ferrari, fez a melhor volta da corrida e terminou em terceiro lugar. Derek Warwick (Renault) fica num excelente segundo lugar.
No GP de San Marino, Alain Prost (McLaren) domina a prova desde o início e obtêm a segunda vitória em quatro possíveis. Arnoux (Ferrari) é o segundo e De Angelis (Lotus) é terceiro a uma volta de Prost.
No GP da França, os motores Renault aparecem em força. Patrick Tambay (francês) num Renault faz a pole-postion e De Angelis faz o segundo melhor tempo num Lotus Renault. No início, os dois dominam a corrida, até que à 13º volta De Angelis, que seguia em segundo, vai perdendo alguns lugares. À 41ª volta, Lauda (McLaren) que tinha largado da 9ª posição, chega à liderança da corrida. À 55ª volta, Tambay volta ao 1º lugar mas oito voltas depois Niki Lauda recupera novamente a primeira posição, não a largando mais até ao fim. Tambay ficou em terceiro lugar e Nigel Mansell (Lotus) foi o terceiro.
Após 5 GP’s, Prost é o primeiro com 24 pontos, seguido de Lauda com 18 pontos. A McLaren é líder com 42 pontos, com a Ferrari a 20 pontos de distância.
(continua)

Os pilotos do Ferrari 126C4 em 1984 foram: Michelle Alboreto e René Arnoux
Vitórias: 1 (M. Alboreto: 1)
Pole-position: 1 (M. Alboreto: 1)
Melhor volta : 3 (M. Alboreto: 1; R. Arnoux: 2)

2 comentários:

Anónimo disse...

a sua colesão é mt boa os f1 são expetaculares gostava de saber com adquirir obrigado.

José António disse...

Samuel obrigado pela sua visita.
Podes adquirir miniaturas em colecções de fasciculos da Altaya/Planeta Deagostini, que julgo tambem existir no Brasil.
Por outro lado também podes recorrer aos sites de miniaturas, aqui vão alguns onde já comeprei miniaturas:
www.alpimodel.com
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www.raceland.de
ou no www.ebay.com (este é um site de leilões)

Cumprimentos